O último período das colonizações do Estado do Rio Grande do Sul - as ditas "colõnias novas" - foi marcado pela
alteração da instância de financiamento e gestão do projeto de colonização. A
partir de 1890 o Estado passa a ter atribuições mais amplas em relação a União
e, em meados de 1895 a União passou gradativamente a diminuir os subsídios
econômicos para financiamento das colonizações, sendo que em 1897 deixaram definitivamente de ser incumbência da União e passaram a ser
responsabilidade exclusiva do Estado (PELLANDA, 1924, p. 15).
O Estado criou
então a Diretoria de Povoamento do Solo e respectiva Inspetoria, que mais tarde gerariam a "Diretoria de Terras e Colonização", criada especificamente para tratar da questão colonial.
Entre as tantas atribuições desta Diretoria, esteve a gestão e o planejamento das colônias novas, através dos núcleos regionais denominados Comissão de Terras.
Das povoações planejadas pela Secretaria de Obras Públicas, a pedido da Diretoria de Terras e Colonização, algumas não chegaram a ser implantadas, como a sede definitiva de Santa Rosa.
Outras, como a de Porto Lucena foram executadas, ainda que parcialmente. Planejado pelo Eng. C. Torres Gonçalves em 1918, às margens do Rio Uruguai, este plano urbano tinha como elemento marcante a praça rotacionada em relação a malha e o arruamento radial que dela derivava.
Originalmente pertencente à Colônia Guarany, Porto Lucena é hoje município e tem no seu traçado urbano preservado um interessante patrimônio cultural, revelador de um período histórico do Estado.
FONTES: PELLANDA, Ernesto. Colonização Germânica no Rio Grande do Sul 1824-1924. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1924.
Imagem - Acervo do AHRS - Arquivo Histórico do RS
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